terça-feira, 10 de setembro de 2013

Breve Histórico da Extinção Fauna e Flora Sustentável

Caatinga: flora e fauna ameaçadas de
extinção

A Caatinga é o único bioma de distribuição exclusivamente brasileira, o que significa
que grande parte do patrimônio biológico desse ecossistema não é encontrada em
nenhum outro lugar do mundo. Porém, essa posição única entre os biomas brasileiros
não foi suficiente para garantir a Caatinga o status que merece. 
A Caatinga é um dos biomas brasileiros mais alterados pelas atividades humanas, com
mais de 45% de sua área alterada, sendo ultrapassado apenas pela Mata Atlântica e o
Cerrado (Capobianco, 2002; Casteletti e cols., 2004). Em um estudo realizado
recentemente, sobre a vegetação e uso do solo, verificou-se que a área de cobertura
vegetal da Caatinga é de 518.635 Km2, equivalendo a 62,69% de remanescentes
(MMA, 2008).
Como conseqüência da degradação ambiental e da falta de preservação, muito já se
perdeu em biodiversidade da Caatinga. A Biodiversitas (2001) cita, para esta formação
vegetal, 19 espécies de plantas ameaçadas, dentre elas a aroeira do sertão
(Myracrodruon urundeuva) e a baraúna (Schinopsis brasiliensis). Essas plantas
desempenham importante papel na ecologia da Caatinga, pois são as principais árvores
na composição das paisagens vegetais do sertão nordestino. Elas estão associadas à
fauna local, onde suas folhas, flores e frutos servem de alimento para répteis, aves,
mamíferos e insetos, principalmente abelhas. Suas flores, produzidas principalmente na
estação seca, quando as fontes alimentares são escassas, abastecem os ninhos de abelhas
nativas e exóticas. Além de fonte alimentar, estas árvores funcionam como abrigo para
uma diversidade de animais e suporte para os ninhos de muitas aves e abelhas.
Em face das diversas utilidades (madeireira, energética, medicinal, frutífera e artesanal)
e do extrativismo que essas espécies vegetais vêm sendo submetidas, sem nenhuma
reposição, a existência natural das mesmas e da fauna a elas associada vêm sendo
comprometida. Assim, estudos voltados para a ecologia da reprodução e manejo destas
espécies são essenciais para a elaboração de formas de uso racional das mesmas.
Com o objetivo de compreender melhor a interação flora x fauna da Caatinga, estudos
foram feitos na Reserva Legal do Projeto Salitre, em Juazeiro-BA, buscando reunirinformações sobre a ecologia da polinização dessas plantas.
Os resultados mostraram que estas plantas são de sexos separados (indivíduos
masculinos e femininos, fig. 1) e que há diferenças nas flores e inflorescências. De
modo geral, as plantas masculinas apresentam inflorescências mais densas e mais
ramificadas, podendo apresentar quantidade de botões de quatro a dez vezes maior do
que as femininas. Outro fato importante é que as plantas masculinas florescem primeiro
(um mês antes), e por um tempo maior, do que as femininas.
As flores se abrem nas primeiras horas da manhã (05:00 horas) e ao longo do dia são
visitadas por abelhas, moscas e besouros. Nas flores da aroeira do sertão as seguintes
abelhas foram observadas: irapuá (Trigona spinipes, com 31%), manduri ou rajada
(Melipona asilvai, com 22%) e abelha europa ou africanizada (Apis mellifera, com
15%), que juntas são responsáveis por 68% do total de visitas (Figura 2a). Já para a
baraúna, as abelhas africanizadas (Apis mellifera, com 31%), irapuá (Trigona spinipes,
com 17%) e abelha branca (Frieseomelita deoderleini, com 12%) se destacaram, sendo
responsáveis por 60% do total de visitas (Figura 2b).
De acordo com as observações de campo, os meliponíneos são considerados como
agentes polinizadores destas plantas por apresentar porte compatível ao tamanho das
flores, bem como comportamento e freqüência de visitas adequados. Entre essas
abelhas, a irapuá e a abelha branca se destacaram com percentuais superiores a 7% nos
tanto nas flores masculinas como nas femininas das duas espécies de plantas.
Lembrando que essas plantas ocorrem no mesmo local e que o período de floração
ocorre simultaneamente, as mesmas então estariam compartilhando os polinizadores,
podendo ocorrer uma competição pela atração dos mesmos. Por outro lado, as abelhas
sem ferrão, manduri (Melipona asilvai) e mandaçaia (M. mandacaia) foram observadas
somente nas flores da aroeira, podendo, neste caso, serem consideradas como
polinizadores exclusivos dessa espécie (Figura 3).
As flores das plantas estudadas também foram visitadas pelas abelhas melíferas que
foram freqüentes ao longo das observações. Porém, comparando o porte dessas abelhas
com o tamanho das flores, verifica-se que as mesmas podem ser consideradas como
polinizadores pouco eficientes, tocando eventualmente as estruturas reprodutivas das
flores.
Além de fornecerem recursos florais para abelhas nativas, essas plantas também servem
de abrigo para ninhos de pássaros e abelhas. No levantamento feito na área da Reserva
Legal do Projeto Salitre, em Juazeiro-BA, foram registrados 14 espécies entre insetos,
répteis e aves em associação com as plantas estudadas, mostrando a diversidade de
animais que utilizam essas árvores principalmente como local de abrigo, reprodução
e/ou nidificação. Quanto às abelhas foram registradas a presença de ninhos de abelhas
melíferas, irapuá, sanharol (Trigona sp.), mandaçaia e manduri, indicando que os ocos
dos troncos dessas plantas servem de abrigo e ninho para as abelhas nativas (Figura 4).
Lembrando que a aroeira e a baraúna são espécies ameaçadas de extinção, ao longo do
tempo, a retirada dessas plantas acarretaria uma diminuição significativa não só
componente arbóreo da vegetação da Caatinga, como também na diversidade de insetos
associados a elas. A extinção dessas espécies representaria uma diminuição na oferta
alimentar para abelhas nativas, entre outros insetos, numa época do ano (período seco)
em que a oferta de néctar e pólen na Caatinga é menor. Talvez, por isso, as flores dessas
espécies conseguem atrair uma diversidade tão grande de visitantes. Por outro lado, a retirada das plantas também levaria a uma redução na oferta de
substrato para nidificação das abelhas nativas, o que pode comprometer também a
reprodução desses insetos. Além disso, as abelhas do gênero Melipona são endêmicas
dessa região e também são consideradas como ameaçadas de extinção (Martins, 2002).
Lembrando que essas abelhas podem atuar como polinizadores de outras plantas da
Caatinga, a diminuição da população ou seu desaparecimento podem levar a alteração
nos serviços de polinização e, conseqüentemente levar a extinção de outras espécies
vegetais, que por sua vez estariam associadas a outras espécies vegetais e animais. Este
fato desencadearia assim alterações em efeito dominó, com conseqüências difíceis de
serem avaliadas, dado o desconhecimento que ainda se tem dos processos ecológicos na
Caatinga.

Fauna: O Ceará (ainda) tem disso sim! – Aves ameaçadas de extinção
Publicado em 09/02/2012 - 5:26 por Adriano Queiroz | 9 Comentários

Categorias: Comportamento animal, Desenvolvimento Científico, Ecologia, Evolução, Zoologia
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Archaeopteryx pode ter sido a primeira ave, sendo datada de 150 milhões de anos atrás. Mas restam dúvidas se não se tratava de um dinossauro de penas, ancestrais das chamadas aves verdadeiras. Imagem: Richard Owen
Dando continuidade a série, o Ceará Científico dedica um post inteiro às aves ameaçadas de extinção no Ceará. Sozinho, esse grupo animal responde por 27% de todas as espécies e subespécies cearenses (sejam endêmicas ou não) que correm risco de sumir da face da Terra.

As aves são animais vertebrados, bípedes, homeotérmicos, ovíparos, caracterizados principalmente por possuírem penas, asas, bico e ossos pneumáticos. Assim como os mamíferos, descendem dos répteis, mas de uma linhagem diferente: a dos diapsídeos, a mesma que deu origem também aos crocodilos e aos dinossauros. Aliás, são tidos como descendentes diretos de um grupo de dinossauros terópodes.

A primeira ave deve ter surgido no Jurássico Superior, por volta de 150 milhões de anos atrás (bem depois do primeiro mamífero). Durante quase um século e meio se considerou o Archaeopteryx como o elo perdido entre répteis e aves, mas a descoberta de uma série de espécies de dinossauros com penas trouxe mais dúvidas que certezas sobre quando houve de fato a separação entre os dois grupos.

O fato é que as aves, ao contrário de seus primos gigantes, sobreviveram à grande extinção em massa do Cretáceo (ocorrida há 65 milhões de anos e hoje se diversificaram em mais de dez mil espécies. Quinze delas vivem ou transitam pelo nosso Estado e estão ameaçadas não mais por asteroides gigantes, mas pelo homem. Conheça mais sobre elas:

Soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni)

Imagem: Aquasis / Divulgação
É uma das aves mais ameaçadas de extinção do planeta. Está classificado como criticamente em perigo devido à perda/degradação de habitat e o tráfico ilegal. A estimativa do tamanho populacional era de menos de 50 aves em 2008 (a mais recente feita).

A espécie habita as matas ciliares, que hoje em dia, são praticamente restritas às nascentes dos córregos situadas entre 300 e 600 m de altitude. É territorialista e majoritariamente frugívora (alimenta-se de frutos).

Seu sistema de acasalamento é não-promíscuo (tem parceiro fixo). Os ninhos são construídos pela fêmea, a pouca altura (cerca de 1 m), onde são postos 2 ovos.

Entre os predadores na região, destacam-se o sagüi, o gambá e as cobras, havendo parasitismo dos filhotes por larvas de insetos.

Periquito-cara-suja (Pyrrhura griseipectus)

Imagem: Aquasis / Divulgação
Assim como a espécie anterior está criticamente em perigo de extinção devido à perda/degradação de habitat e, principalmente, pelo tráfico ilegal.

Também é uma das três espécies priorizadas pelo trabalho de preservação da ONG Aquasis, ao lado do soldadinho-do-araripe e do peixe-boi-marinho, sendo considerado o periquito mais ameaçado das Américas.

Ao contrário do que se imaginava antes seu hábitat não é restrito às matas mais úmidas. Esta ave ocupa áreas com culturas agrícolas de impacto equivalente ao dos cafezais sombreados por floresta.

Em 2008, um casal foi observado nesse ambiente, no município de Guaramiranga, havendo o registro do nascimento de 4 filhotes em uma estação reprodutiva.

Trinta-réis real (Thalasseus maximus )

Imagem: Biodiversity Nevis
É o maior dos trinta-réis que ocorrem no Brasil. Os trinta-réis “com crista” fazem freqüentemente a troca de locais de reprodução e agrupam os filhotes em “creches”, onde são cuidados por alguns adultos.

O período reprodutivo vai de junho a dezembro. A espécie não constrói ninhos elaborados, depositando um único ovo em pequenas depressões rasas na areia ou diretamente na rocha. Ambos os adultos defendem o ninho, incubam o ovo e cuidam do filhote, até mesmo por algum tempo depois que ele consegue voar.

Consomem pequenos peixes, lulas, camarões, caranguejos e insetos. Alimentam-se em águas rasas. Vivem prioritariamente no Rio Grande do Sul, mas, como aves migratórias que são, também transitam pelo território cearense, entre outros estados.

É classificado como vulnerável à extinção devido a predação, o turismo e o treinamento da Marinha em alguns locais onde se reproduzem.

Pica-pau-anão-da-caatinga – (Picumnus limae)

Imagem: Arthur Grosset / The Internet Bird Collection
A área de ocorrência dessa espécie deve corresponder a aproximadamente 10 milhões de hectares, o equivalente ao Estado de Pernambuco.

Habita também áreas de sertão e de serras. Mas apesar da ser relativamente adaptável a diferentes ambientes está classificado como em perigo de extinção devido a perda/degradação de habitat e à distribuição restrita.

Este pica-pau não necessita de árvores espessas para construir seu ninho e pode ser observado em áreas degradadas, inclusive na zona urbana de Fortaleza.

Uru-do-nordeste (Odontophorus capueira plumbeicollis)

Imagem: Josep del Oyo
Essa subespécie também está classificada como em perigo de desaparecer devido principalmente pela perda/degradação de seu habitat. Procriam nos primeiros meses do ano, no período seco.

Ocorre em altitudes que variam de 16 m até 700 m acima do nível do mar. A espécie habita áreas de florestas primárias ou em bom estado de conservação.

Vive no solo das florestas mais densas e escuras, onde é vista aos pares ou em grupos familiares. Alimenta-se de frutos e insetos.

“Cantam” em duetos, pela manhã, perto de seus poleiros, demonstrando territorialidade.

Cuspidor-do-nordeste (Conopophaga lineata cearae)

Imagem: World Wildlife Images
Esta ave foi descrita em 1913, no Ceará, como sendo uma espécie plena, mas atualmente é considerada como uma subespécie de Conopophaga lineata.

Habita as florestas úmidas buscando insetos e frutos. Tolera áreas degradadas em regeneração, chegando a construir ninhos nessas regiões.

Apresentam grande diferença física entre macho e fêmea, mas ambos cuidam da criação dos filhotes, que são geralmente dois. Os ninhos são construídos em uma altura máxima de 2 m, mas são encontrados próximos ao solo.

Durante o acasalamento, os machos exibem-se produzindo ruídos nas penas modificadas das asas e são mais ouvidos no crepúsculo. Nesse horário, o macho exibe um supercílio branco, que se destaca no escuro da vegetação.

Está classificado como vulnerável à extinção por conta da perda/degradação de seu habitat.

Araponga-do-nordeste (Procnias averano averano)

Imagem: Sinopinion
Esta subespécie de araponga é endêmica do Brasil, sendo encontrada desde o Maranhão e norte de Tocantins até Alagoas e também no Ceará.

A espécie apresenta uma notável diferença sexual na plumagem, sendo os machos brancos, com a cabeça marrom, apresentando também, expansões carnosas que lembram uma barba. As fêmeas e os jovens possuem plumagem discreta, sendo esverdeadas com estrias negras amarronzadas.

Habita as copas das árvores altas, de onde os machos demarcam os seus territórios emitindo um canto típico, semelhante a uma forte martelada metálica, que pode se estender por alguns minutos.

Engole pequenos frutos inteiros, dispersando as sementes pela regurgitação ou pelas fezes. Parece ser pouco tolerante a ambientes alterados e, por conta disso, e do tráfico ilegal está vulnerável à extinção.

Arapaçu-do-nordeste (Xiphocolaptes falcirostris)

Imagem: Tree of life
Endêmico do interior do Brasil, habitando principalmente porções não litorâneas do Nordeste (incluindo o Ceará) e do Brasil Central. A espécie habita as matas secas.

É um pássaro que mede pouco menos de 30 cm. Apresenta coloração ferruginosa, com várias faixas nas costas e no ventre, sob fundo marrom-claro, um pouco mais escuro no peito.

O bico é longo e forte. Vive aos pares, solitariamente ou formando pequenos grupos familiares, percorrendo o interior das matas, escalando as árvores à procura de seu alimento, que é localizado por debaixo das cascas. Alimenta-se de insetos, larvas, caramujos, aranhas e outros itens.

Também está classificado como vulnerável à extinção dada a perda/degradação de seu habitat.

Arapaçu-de-garganta-amarela-do-nordeste (Xiphorhynchus fuscus atlanticus)

Imagem: Josep del Hoyo
É um pássaro que ocorre em florestas úmidas da Mata Atlântica do Nordeste, incluindo o Ceará. Sua presença em fragmentos florestais está mais associada às condições da vegetação do que simplesmente ao seu tamanho.

Um estudo feito em Alagoas mostrou que essa subespécie esteve presente em apenas dois de 15 fragmentos amostrados, que são os maiores e com a vegetação em melhor estado de conservação.

Pode viver em companhia de outras espécies integrando bandos mistos de aves. Constrói seus ninhos em cavidades com entrada próxima ao solo, colocando entre 2 e 3 ovos, que medem em média 25 x 18 mm. Aparentemente, os machos não participam da incubação

Assim como a maioria das aves ameaçadas de extinção no Ceará é classificado como vulnerável, por conta da perda/degradação de seu habitat.

Furriel-do-nordeste (Caryothraustes canadensis frontalis)

Imagem: The Internet Bird Collection
É onívoro, alimenta-se tanto de insetos quanto de frutos, sementes e folhas. Geralmente, a subespécie forma grupos de 4 até 15 indivíduos, associando-se pouco a bandos mistos.

É um pássaro de hábitos ainda pouco conhecidos.

Freqüenta as copas das árvores e bordas mais densas, onde é comum ser observado a pequena altura do solo. Foi encontrado desde próximo ao nível do mar até 590 m.

É outra ave que está classificada como vulnerável à ameaça de extinção através da perda/degradação de habitat e também pelo tráfico ilegal.

Pintor-da-serra-de-baturité (Tangara cyanocephala cearensis)

Imagem: Arthur Grosset
É uma ave restrita ao Ceará, normalmente observada acima dos 500 m de altitude, onde existe maior oferta de frutos e temperatura amena.

Alimenta-se de frutos, em pequenos grupos, às vezes em bandos mistos. Não é muito exigente quanto à qualidade do habitat, ocupando áreas de cultura de café sombreadas por floresta, lavouras similares e sítios, aonde chega a construir ninhos.

Os machos apresentam um manto negro nas costas, que nas fêmeas tem pintas verdes. Sua capacidade de deslocamento entre fragmentos é considerável e pode ser reproduzida em cativeiro.

Apesar disso, está classificado como em perigo de extinção, principalmente pelo tráfico ilegal.

Pintassilgo-baiano (Carduelis yarrellii)

Imagem: Les Tarins Americains
Apesar do nome popular também ocorre no Ceará. É um pássaro com cerca de 10 cm de comprimento, o macho se distingue do pintassilgo comum por possuir um “boné” negro (que não está presente nas fêmeas) tendo quase todo o restante do corpo na cor amarela.

Habita capoeiras e bordas de mata da Caatinga e Mata Atlântica. Alimenta-se basicamente de grãos. Está classificado como vulnerável à extinção devido à perda/degradação de habitat e o tráfico ilegal.

Machos das duas espécies brasileiras de pintassilgo são cruzados com fêmeas do canário-do-reino (Serinus canaria) e o híbrido obtido, chamado pintagol, é muito apreciado por causa do seu canto.

Vira-folhas-cearense (Sclerurus scansor cearensis)

Imagem: Nich Athanas
A subespécie é relativamente comum nas florestas serranas cearenses.

Vive no solo, tanto nas matas secas quanto nas matas úmidas, revirando folhas em busca de artrópodes (insetos, aranhas, centopeias, etc).

Essas aves são encontradas aos pares e não apresentam diferença considerável entre machos e fêmeas, reproduzindo-se em barrancos, onde escavam seus ninhos.

Está vulnerável à extinção basicamente devido à perda/degradação de seu habitat.

Choca-da-mata-de-Baturité (Thamnophilus caerulescens cearensis)

Imagem: Nick Athanas
Esta subespécie está classificada como em perigo de desaparecer por conta da perda/degradação de seu habitat.

Há ainda pouco conhecimento sobre seus hábitos.

Sabe-se, no entanto, que este pássaro habita a mata úmida, na serra de Baturité, acima dos 600 m.

Alimenta-se de insetos e desce às partes rasteiras da mata em menor freqüência.



Maria-do-nordeste (Hemitriccus mirandae)

Imagem: Arthur Grosset
Essa é outra ave bastante ameaçada de extinção, sendo classificada como estando em perigo por conta da perda/degradação de seu habitat.

A espécie habita altitudes entre 58 m até 980 m acima do nível do mar. É um pequeno pássaro de plumagem predominantemente esverdeada nas costas e bege levemente amarelado na barriga.

Mede cerca de 10 cm e é um típico representante do sub-bosque das florestas densas e bem preservadas do Nordeste brasileiro, incluindo o Ceará.

Pode “cantar” durante muito tempo, ficando completamente imóvel em um galho, interrompendo apenas para capturar insetos, por meio de vôos rápidos de assalto.

Com Informações: ICMBio

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA EXTINÇÃO DE ESPÉCIES
A 5ª maior morte em massa em que foram eliminadas 50% das espécies ocorreu duranteos períodos Ordoviciano (490

443 milhões de anos), Devoniano (417

354 milhões deano), Permiano (299

250 milhões de ano), Triássico (251

200 m.a.) e no Cretácio (146

64 m.a.). Mais recentemente, as acções humanas, mais especificamente ao longo dosúltimos 2 séculos têm contribuído
para uma crise de extinção global ou a “6ª maior onda de
extinç
ão”, comparável com as 5 anteriores grandes extinções. O aumento da população nos
últimos 50 mil anos, aproximadamente, deixou mensuráveis/significativas pegadas/marcasnegativas na biodiversidade.
INTRODUÇÃO
Na América, animais carismáticos de grande porte (Megafauna), como o tigre dentes desabre (
Smilodon spp.
), os mamutes (
Mammuthus spp.
) e as preguiças gigantes (
Megalonyx jeffersonii
), desapareceram após a chegada do Homem entre 11,000

13,000 anos atrás.Perdas semelhantes ocorreram na Austrália à cerca de 45 mil anos atrás, e em muitas ilhasoceânicas, após algumas centenas de anos da chegada do Homem. Alguns exemplosclássicos da perda de espécies endémicas, incluem o Dodo (
Raphus cucullatus
) dasMaurícias, as Moas (
Dinornis maximus
) da Nova Zelândia e os elefantes (
Aepyornismaximus)
de Madagáscar. O colapso da Megafauna no final do Pleistoceno, pode serlargamente atribuído a uma variedade de impactos negativos, tais como exploraçãoexcessiva, invasões biológicas e transformação de habitat.A taxa e a extinção mediada dos direitos humanos, tem sido debatida, mas não háconsenso geral de que as taxas de extinção subiram nos últimos 100 anos, em grande partecomo resultado da destruição acelerada de habitat, após o colonialismo europeu e asubsequente expansão global da população humana durante o século XX. Os humanosestão directa ou indirectamente envolvidos, de 100 para 10mil vezes, no aumento naturalou na prática de extinção, que normalmente ocorre como consequência da gradualmudança ambiental, novas estabilidades competitivas (devido à invasão ou evolução) eocasionais mudanças de calamidades como fogo, tempestades ou doenças.

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